O que vemos normalmente na televisão e nos sites de notícias é o câmbio comercial, mas para quem está se preparando para uma viagem sempre acaba se surpreendendo com o valor bem maior cobrado nas casas de câmbio e nas conversões feitas na compra de pacotes para o exterior. Para se ter uma ideia, a cotação turismo do Dólar pode ser até 8% maior que sua cotação comercial.
Essas diferenças ocorrem porque desde 1999 o Brasil vive em um sistema de câmbio Flexível – antes disso o câmbio tinha um valor pré-fixado ante o real -, ou seja, ele pode ser negociado livremente por quem compra e quem vende a moeda.
Dólar Comercial
É aquele utilizado para balizar as grandes movimentações de importação e exportação das empresas brasileiras e também é a cotação considerada nas ações do governo no exterior, como empréstimos (registrados no BC) de brasileiros residentes em outros países.
Tradicionalmente mais baixa, a taxa é negociada entre bancos e companhias a fim de fechar posições sobre comércio exterior e remessas de capitais. No mercado de câmbio flutuante, a cotação do dólar comercial é definida pelo mercado, mas o BC brasileiro impõe certo controle com a compra ou venda de moeda para manipular o movimento cambial de acordo com questões diversas.
Dólar Turismo
Já o dólar turismo é aquele que precisamos comprar quando queremos ir ao exterior. Todo tipo de gastos – desde passagens aéreas, cursos, pacotes e serviços no exterior, compras em dólar em lojas fora do País, até depósito de créditos em cartões na moeda norte-americana – é convertido pela taxa de turismo.
Controle
As taxas de câmbio são comercializadas livremente entre corretoras e consumidores. Entretanto, o que o Banco Central faz é divulgar a média das taxas praticadas no mercado, conhecida como Taxa PTAX, como simples referência. Existe ainda o dólar paralelo, que tem sua definição no próprio nome, por ser comercializado fora da vigência do Banco Central, entre pessoas físicas. Ou seja, é uma transação considerada ilícita.